Lua Azul | Blue Moon

•28 de Agosto de 2012 • Deixe um Comentário

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, a Lua Azul não é nenhum fenómeno cromático na Lua. O termo Lua Azul, é utilizado para nos referirmos à segunda Lua Cheia que ocorre num mesmo mês. Este fenómeno acontece uma vez a cada 2 ou 3 anos. As últimas luas azuis ocorreram a 31 de maio de 2007 e 31 de dezembro de 2009. A próxima lua azul deverá ocorrer já no próximo dia 31 de Agosto de 2012 e as seguintes em Julho de 2015, Janeiro e Março de 2018, Outubro de 2020, Agosto de 2023, Maio de 2026, Dezembro de 2028…

Isto deve-se ao facto do ciclo lunar ser de 29,5 dias, o que torna perfeitamente possível que num determinado mês  a sua fase se apresente cheia por duas vezes. Fevereiro é o único mês que não pode ter a Lua Azul, mesmo em anos bissextos. Pode acontecer mesmo existir um ano em que não haja Lua Cheia no mês de fevereiro, nesses anos, acontece uma Lua Cheia no final de janeiro e a outra no início de março, ou seja 2 Luas Azuis no mesmo ano, em janeiro e março. Isto ocorre em média a cada 35 anos.

A Lua Cheia acontece simultaneamente em todos os pontos do globo e para todos os países, mas nem o horário nem a data são iguais. Por exemplo: uma noite do dia 31 de agosto na Europa já é a manhã do dia 1 de setembro na Nova Zelândia. Então se acontecesse uma Lua Azul no dia 31 de agosto para um país na Europa, não seria Lua Azul no dia primeiro na Nova Zelândia, que iria ocorrer no final do mês de setembro.

De acordo com alguns historiadores, o termo Lua Azul foi criado no século XVI, devido ao facto de que algumas pessoas, ao observar a Lua, a viram azulada. No entanto, outras viam-na cinza. Muitas discussões ocorreram até se concluir que era impossível a Lua ser azul. Esse facto criou uma espécie de expressão linguística, e “Lua Azul” passou a ser sinónimo de algo impossível ou difícil. O termo ganhou força principalmente nos EUA e algumas frases como “só me caso contigo se a lua estiver azul” ou “…a cada Lua Azul…” foram rapidamente popularizadas.

Foi com esse significado que o termo foi usado para designar duas luas cheias que ocorrem no mesmo mês, um evento raro.

A primeira menção à Lua Azul surge num panfleto escrito em inglês que dizia:”If they say the moon is blue, we must believe that it is true”. Algo como “Se eles dizem que a lua é azul, nós devemos acreditar que isso é real”.

Historicamente, a lua azul era a terceira lua cheia que acontecia num quarto de ano em que houvesse quatro luas cheias. Normalmente, um quarto do ano tem 3 Luas Cheias. Sendo esses quartos de ano iniciados entre os dias 20 e 21 ou 21 e 22 de março (devido aos anos bissextos) coincidentes com a data do equinócio.

Um erro de publicação numa época mais recente (1946) fez entender que a lua azul seria a segunda lua cheia que acontecesse num mesmo mês. Mesmo depois de descoberto o erro, como é mais fácil de se entender essa definição do que a outra, mais complicada, ficou popularizada a segunda teoria.

Existem alguns registos raros onde a coloração do nosso satélite foi realmente alterada. Um desses registos remonta a 1883, quando uma violenta erupção no vulcão Krakatoa, na Ilha de Java, Indonésia, lançou ao espaço milhões de toneladas de gases e poeira, fazendo com que a Lua, quando observada próxima ao horizonte, fosse vista em tons azulados. De acordo com os relatos, isso durou aproximadamente dois anos e foi testemunhado em todo o planeta.

Em 1951, um grande incêndio nas florestas canadenses produziu o mesmo efeito que o Krakatoa, mas só pôde ser observado na América do Norte.

À semelhança de muitos outros fenómenos astronómicos, este também aparece frequentemente em filmes, músicas, livros, entre outras publicações. Exemplo disso é o filme dos “Smurfs” onde durante a Lua azul há a abertura dum portal que liga a terra dos smurfs a nova Iorque, ou a balada “Blue Moon” composta por Richard Rodgers e Lorenz Hart, mais tarde eternizada pelos mais variados artistas, como: Billie Holiday, Nat King Cole, Frank Sinatra, Elvis Presley ou Rod Stewart.

Fica aqui uma boa sugestão para servir de banda sonora para a próxima noite de Lua Azul 🙂

 

 

http://www.youtube.com/watch?v=Md7a9ZH1Z0M

http://www.youtube.com/watch?v=CeoYI9VOlIE

Já viu Marte do tamanho da LUA?

•27 de Agosto de 2012 • Deixe um Comentário

Desde 2003 que várias pessoas nos questionam nas sessões de Astronomia no Verão, o que é “aquilo do planeta Marte ficar do tamanho da Lua no dia 27 de Agosto?” ou “o que vai acontecer no dia 27 de Agosto?”.

Hoje, aproveito para desmistificar e explicar esse “fenómeno do Super Marte”…

Quando essa pergunta vem à baila, a resposta é: “Isso é tudo mentira!”

Há anos em que o planeta Marte nem está visível durante as noites de Agosto, e outros em que aparece mas como se fosse um pontinho de luz muito ténue, e a sua distância à Terra vai continuar a ser muito grande (hoje a 266 528 463 quilómetros).

Hoje (27 Agosto de 2012), e durante os próximos dias, Marte ainda aparecerá no céu desde o início da noite até às 22h (com Magnitude de: 1,18) e será apenas mais um pontinho luminoso quase desprezível.
Actualmente, no início da noite poderemos ver Marte e Saturno a poente (Oeste) mas por poucos minutos. Durante toda a noite estará visível a Lua na fase de quarto crescente e quando forem 00h40, um ponto mais brilhante aparecerá a nascente (Este) com magnitude de -2.16 – é o planeta Júpiter. Às 3h20 aparecerá um ponto ainda mais brilhante, com magnitude de -4,12 – é o planeta Vénus. Estes são e serão sempre os dois astros mais luminosos no céu, além do Sol e da Lua, obviamente.


Esta mensagem que circula via e-mail, refere que o planeta Marte será o mais brilhante no céu nocturno durante todo o mês de Agosto, e que é possível observa-lo a olho nu como se fosse do tamanho da nossa Lua, especialmente no dia 27, altura em que supostamente vai estar mais próximo da Terra. Nesta mensagem, dizem também que este fenómeno será particularmente visível pelas 00h30 e que só se irá repetir novamente em 2287.

Esta mentira, tem causado algumas confusões e até algum pânico junto das pessoas menos familiarizadas com a Astronomia.

As aproximações de Marte à Terra, ocorrem de 2 em 2 anos, mas mesmo assim, existem umas que são maiores que outras. Esta variação é devido à grande excentricidade da sua órbita, sendo que as maiores aproximações entre este planeta e a Terra ocorrem em períodos de cerca de 15 anos.

Contudo, o valor dessa distância é variável e por vezes acontecem recordes, como sucedeu a 27 de Agosto de 2003.

Mesmo quando o disco de Marte aparece em condições ideais, como naquela data, a olho nu este planeta aparece apenas com cerca de duas vezes o tamanho habitual, ou seja, ao lado da Lua, Marte parece sempre uma simples estrela. Para Marte se ver como uma a nossa Lua, teria de estar ampliado cerca de 75 vezes, o que só é possível quando observado por um bom telescópio.

Em virtude da grande propaganda que aconteceu em 2003, e por vezes com informação errada e sensacionalista, a partir dessa data começou a espalhar-se este e-mail durante todos os anos por altura do Verão.

Se alguma vez voltarem a ver este e-mail, já sabem… Isso é tudo mentira!

Morreu Neil Armstrong

•27 de Agosto de 2012 • Deixe um Comentário

Às 20 horas em Portugal, Jay Barbree anunciou na cadeia de televisão americana MSNBC – sendo seguido por Lester Holt e Brian Williams na NBC News com um programa especial sobre o assunto – que Neil Armstrong morreu.
Neil Armstrong foi o primeiro ser humano a caminhar na Lua, após ter pousado com segurança o módulo lunar, na missão Apollo 11.

O evento histórico deu-se a 20 de Julho de 1969.
Uma das frases mais marcantes da história humana é dele, quando pisava a Lua: “Um pequeno passo para o Homem, um passo gigantesco para a humanidade.”
Armstrong tinha sido operado ao coração no início de Agosto, para aliviar uma artéria que estava bloqueada.
Faleceu devido a complicações relacionadas com essa operação.
Neil Armstrong morreu hoje, às 2:45pm, hora de Nova Iorque (19:45, hora de Lisboa).
Faleceu aos 82 anos.
Os heróis não morrem. Armstrong será recordado para todo o sempre, enquanto existir Humanidade. Foi o primeiro a dar o “grande passo”. Foi o primeiro Humano a colocar um pé num corpo espacial que não a Terra.

http://video.msnbc.msn.com/nightly-news/48796515

post original: http://astropt.org/blog/2012/08/25/morreu-neil-armstrong

Gigante internacional dos satélites comerciais assina contrato com a SpaceX

•30 de Maio de 2012 • Deixe um Comentário

A Intelsat, o maior operador mundial de satélites de telecomunicações, assinou um contrato com a SpaceX com vista à utilização do futuro foguetão Falcon Heavy para colocar satélites em órbita.

Este primeiro contrato comercial surge na sequência do êxito, já praticamente garantido, da primeira missão levada a cabo pela Space X, empresa norte-americana, que consistiu em efectuar o transporte de carga para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Recorde-se que, na semana passada, um foguetão Falcon 9 da Space X colocou em órbita uma cápsula Dragon da mesma empresa e que a seguir a cápsula conseguiu acoplar-se à ISS. Esta estreia absoluta por parte de uma empresa privada, realizada ao abrigo de um contrato multimilionário com a agência espacial norte-americana NASA, deverá terminar nos próximos dias, quando a Dragon for recuperada pela SpaceX no oceano, a umas centenas de quilómetros ao largo da Califórnia.

O Falcon Heavy é uma versão mais potente do Falcon 9, que está a ser construída e deverá fazer o seu voo de teste inaugural em 2013.

in Publico.pt (ver noticia original aqui)

O mistério do desaparecimento da LUNA-23!

•6 de Abril de 2012 • Deixe um Comentário

Imagens recentes da sonda lunar norte-americana Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) permitiram esclarecer um mistério com mais de 40 anos sobre o que teria acontecido à sonda lunar soviética Luna-23.

A Luna-23, que pesava 5,302 kg, foi lançada às 14h30/14h32 UTC no dia 28 de Outubro de 1974 por um foguetão Proton-K/D a partir da Plataforma de Lançamento PU-24 do Complexo de Lançamento LC81 do Cosmódromo de Baikonur. A sua missão era a de recolher amostras da superfície lunar no Mare Crisium e trazê-las de volta para a Terra. No entanto, um problema então desconhecido levou à perda de contacto com a sonda três dias após a alunagem e sem esta ter conseguido realizar as suas tarefas na superfície da Lua. Esta missão só viria a ser concretizada pela Luna-24 em 1976.

As imagens agora obtidas pela LRO mostram que a Luna-23 terá tombado sobre um dos seus lados, impedindo assim a finalização com sucesso da sua missão. Na imagem é visível o módulo de regresso à Terra ainda no topo da sonda. Outras imagens mostram também a sonda Luna-24 que lançada a 9 de Agosto de 1976 iria alunar a cerca de 2 km da Luna-23 e realizar a sua missão,colocando também um ponto final no programa de exploração lunar não tripulado da União Soviética.

Imagem: NASA/Goddard/Arizona State University

Ver mais sobre o programa soviético LUNA em: http://www.friends-partners.org/partners/mwade/project/luna.htm

Aurora austral entre a Antártida e a Austrália

•14 de Março de 2012 • Deixe um Comentário

O Astronauta holandês Andre Kuipers tirou esta foto no passado dia 10 de Março à aurora austral que, neste caso, é visível entre a Antártida e a Austrália (as auroras no hemisfério norte da Terra são chamadas de auroras boreais).

A imagem mostra ainda partes da ISS (Estação Espacial Internacional). Esta foto foi divulgada pela NASA (agência espacial americana) nesta terça feira (13 Março).

O fenómeno de luzes de cores distintas é causado pela interação de ventos e poeira solar e o campo magnético terrestre.

Imagem da aurora austral, que ilumina o céu no sul do planeta, tirada pelo astronauta da estação espacial, Andre Kuipers.

Andre Kuipers/Reuters

Notícia adaptada de Folha.com (ver notícia original aqui)

Tempestade Solar | Março 2012

•9 de Março de 2012 • Deixe um Comentário

Uma enorme nuvem de partículas electromagnéticas proveniente do Sol foi libertada no dia 7 de Março e chego ontem à Terra. Estas tempestades podem perturbar o funcionamento normal de comunicações via satélite, sistemas GPS e redes de distribuição de electricidade. Alguns voos comerciais foram mesmo ser condicionados, adiados ou usaram rotas alteradas.

As partículas carregadas que chegaram ao nosso planeta, foram expelidas pelo Sol no início desta semana, à velocidade de 7,2 milhões de quilómetros por hora, devido a uma tempestade solar que, de acordo com um responsável da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) ouvido pela agência britânica Reuters, será a mais forte dos últimos seis anos, mais forte ainda que a tempestade ocorrida e noticiada em finais de Janeiro deste ano.

“É provavelmente o maior evento do género em seis anos e talvez seja mais intenso do que a tempestade semelhante ocorrida no fim de Janeiro”, afirmou Joseph Kunches, especialista da NOAA, em declarações à Reuters. A NOAA é uma agência estatal norte-americana que faz parte do Departamento de Comércio e que se ocupa dos temas relacionados com a atmosfera e os oceanos, emitindo informação sobre meteorologia, mares e recursos costeiros, por exemplo.

O impacto da tempestade, que teve início na terça-feira, teve o pico ontem durante a tarde, embora o mesmo especialista da NOAA refira que um acontecimento desta natureza pode ser definido por três fases separadas: uma primeira, constituída por raios solares que viajam quase à velocidade da luz e que já chegaram à Terra na terça-feira, podendo ter provocado quebras nas comunicações via rádio; um segundo momento, constituído pela chegada de radiação solar ao campo magnético da Terra, que pode ter tido impacto na aviação, sobretudo nas trajectórias mais perto dos pólos (esta fase pode durar dias); e finalmente a terceira fase, que se nota desde ontem, que se explica pela chegada à Terra da massa carregada de partículas e ejectada pelo Sol e que é, no fundamental, um grande bocado da atmosfera deste astro.

Outro responsável da NOAA, Doug Biesiecker, disse à Reuters que não são de esperar alterações no funcionamento de sistemas GPS utilizados para funções menos refinadas, como aqueles que são usados por condutores.

A nuvem electromagnética poderá chegar um pouco antes do tempo devido ao facto de ela seguir o mesmo caminho da que foi expelida anteriormente. “Quando já houve uma coroa de massa ejectada, por vezes isso acelera a viagem da nuvem seguinte”, refere Kunches, acrescentando que estas tempestades podem dar origem a auroras vívidas. No hemisfério Norte, as auroras boreais poderão ser visíveis a latitudes médias.

A origem destas tempestades são manchas solares enormes, regiões que podem ser maiores do que a Terra. A frequência das tempestades solares tem vindo a aumentar, dado que o Sol se encontra na fase ascendente do seu ciclo de actividade, que é de 11 anos. O pico dessa actividade é esperado para 2013.

 

Planeta com mais água que na Terra!

•24 de Fevereiro de 2012 • Deixe um Comentário

Telescópio Hubble descobre nova classe de planetas com mais água que a Terra.

Astrónomos confirmaram a existência de um planeta diferente de todos os conhecidos até agora e que terá mais água que a Terra. O GJ1214b, a 40 anos-luz do nosso planeta, foi descoberto pelo telescópio espacial Hubble.

O GJ1214b, mais pequeno que Urano e maior que a Terra, é descrito como um “mundo de água” distante, envolvido numa espessa atmosfera de vapor de água, segundo um estudo que foi aceite para publicação na revista Astrophysical Journal.

“Uma grande quantidade da sua massa é feita de água”, disse em comunicado o astrónomo Zachory Berta, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, que coordenou a equipa internacional de investigadores. “O GJ1214b é diferente de todos os planetas que conhecemos.”

O GJ1214b, a 40 anos-luz da Terra, foi descoberto em 2009 por uma equipa liderada por David Charbonneau que trabalhou com uma série de oito telescópios, no estado norte-americano do Arizona. No ano seguinte, uma outra equipa de cientistas, coordenada por Jacob Bean, tinha descoberto que a atmosfera do planeta poderia ser composta maioritariamente por água.

Agora os investigadores conseguiram confirmar detalhes sobre a atmosfera deste planeta, através da observação de imagens conseguidas pelo telescópio espacial Hubble. De acordo com a NASA, o GJ1214b tem 2,7 vezes o diâmetro da Terra e uma massa quase sete vezes maior. O planeta completa uma órbita em volta de uma estrela anã vermelha a cada 38 horas, a uma distância de dois milhões de quilómetros. Os cientistas estimam que a temperatura à sua superfície seja de 230º C.

Como a massa e o tamanho do planeta são conhecidos, os cientistas podem calcular sua densidade: apenas dois gramas por centímetro cúbico. A água, por exemplo, tem densidade de um grama por centímetro cúbico, enquanto a densidade média da Terra é de 5,5. Isso sugere que o GJ1214b tem muito mais água que a Terra e muito menos rocha. Por isso, a estrutura interna do planeta seria “extraordinariamente diferente” em relação à Terra. “As elevadas temperaturas e as elevadas pressões podem formar materiais exóticos como ‘gelo quente’ e ‘água superfluída’, substâncias que são completamente estranhas à nossa experiência do dia-a-dia”, comentou Zachory Berta.

Os teóricos acreditam que o GJ1214b se começou a formar longe da sua estrela, onde o gelo era abundante, e que depois se aproximou, passando pela zona onde as temperaturas à superfície seriam semelhantes às da Terra. Os cientistas não sabem dizer quanto tempo ele teria ficado nesta posição.

Este planeta é um forte candidato para ser objecto de estudo do telescópio espacial James Webb, que deverá ser lançado em 2018.

in publico.pt (ver notícia aqui)

Vega lançado com sucesso

•13 de Fevereiro de 2012 • Deixe um Comentário

O foguetão europeu Vega foi lançado com sucesso nesta segunda-feira de manhã, às 10 horas (hora de Lisboa), a partir da base espacial de Kourou, na Guiana Francesa, e colocou nove satélites em órbita. O novo modelo completa a família de foguetões europeus junto com o Ariane 5 e com o Soyuz russo.

O Vega foi desenhado para carregar para o espaço satélites pequenos que a Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês). O foguetão de 30 metros foi desenhado para levar várias cargas com um peso total entre os 300 quilos e 2,5 toneladas a órbitas que fiquem entre os 300 e os 1500 quilómetros de altitude.

“Um novo membro da família dos foguetões nasceu”, disse Jean-Jacques Dordain, director geral da ESA, onde estão representados 19 países. “Temos o Ariane, o Soyuz e o Vega, uma bela família”, disse, dando depois os parabéns à Itália, que foram os grandes responsáveis pelo projecto. “Fatto!”, disse, o que em italiano significa “Feito!”. O lançamento durou 81 minutos, tempo suficiente para testar a máquina e colocar os vários satélites a girar à volta da Terra.

À Europa, faltava um foguetão que levasse as cargas menos pesadas. O Ariane 5 consegue carregar um peso total de 20 toneladas e o foguetão russo Soyuz é capaz de levar um peso intermédio.

“Vega vai ser extremamente importante para o Arianespace porque em poucos anos vai ser o único foguetão no mercado com a sua capacidade”, disse Jean-Yves Le Gall, responsável pela Arianespace, a empresa que comercializa as naves da ESA.

O foguetão, que tem o nome da segunda estrela mais brilhante do Hemisfério Norte, custou 776 milhões de euros, 60% do financiamento foi coberto pela Itália. É fino e leve, e para colocar os satélites no espaço foi desenhado com quatro compartimentos diferentes para o combustível. Três têm combustível sólido, que se vão libertando durante a subida à medida que são gastos. O quarto tem um fornecimento de combustível líquido, o que permite ao veículo chegar à órbita correcta através de empurrões.

Ciência e Einstein

Até agora, a ESA estava dependente dos russos para colocar pequenas cargas no espaço, o que normalmente corresponde a satélites de observação da Terra. Estas pequenas cargas eram lançadas em mísseis nucleares que foram convertidos. Muitas vezes as equipas europeias tinham que esperar algum tempo pela janela de oportunidade de lançamento, atrasando as experiências e deixando o dinheiro de fora do círculo da ESA.

Mas a mudança começou nesta manhã. Vega já transportou vários satélites que vão fazer ciência. O Lares (Laser Relativity Satellite), desenvolvido pela Agência Espacial Italiana, de 400 quilos, vai observar o fenómeno derivado da teoria da relatividade Einstein e que se chama efeito de Lense-Thirring. Este efeito diz que a Terra, no seu movimento de rotação, arrasta consigo o tempo e o espaço à volta. O Lares foi colocado a 1450 quilómetros de altitude, 55 minutos depois do lançamento de Vega.

O outro grande satélite, AlmaSat-1, vai testar novas tecnologias terrestres. Os restantes aparelhos são pequenos cubos com um quilo, desenvolvidos por Universidades europeias para missões científicas independentes.

Veja um video do projecto “Vegaaqui

in Publico.pt (ver notícia original aqui )

Mais duas luas em Júpiter

•31 de Janeiro de 2012 • Deixe um Comentário

A União Astronómica Internacional (IAU) emitiu um boletim onde dava conta da descoberta de novos satélites no gigante gasoso, Júpiter.

Este planeta, que contava já com uma colecção de 65 satélites naturais, vê agora este número elevando para 67.

Veja aqui o telegrama enviado por Daniel Green, director da “Central Bureau for Astronomical Telegrams”